segunda-feira, 3 de abril de 2017

HÁ UM SANTUÁRIO NO CÉU.

A arca do tabernáculo terrestre continha as duas tábuas de pedra, sobre as quais se achavam inscritos os preceitos da lei de Deus. A arca era mero receptáculo das tábuas da lei, e a presença desses preceitos divinos é que lhe dava valor e santidade. Quando se abriu o templo de Deus no Céu, foi vista a arca do Seu testemunho. Dentro do Santo dos Santos, no santuário celestial, acha-se guardada sagradamente a lei divina — a lei que foi pronunciada pelo próprio Deus em meio dos trovões do Sinai, e escrita por Seu próprio dedo nas tábuas de pedra. {CS 105.2}
Cristo em Seu Santuário, p. 105.3
A lei de Deus no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exata. Os que chegaram à compreensão deste ponto importante, foram assim levados a ver o caráter sagrado e imutável da lei divina. Viram, como nunca dantes, a força das palavras do Salvador: “Até que 106o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei.” Mateus 5:18. A lei de Deus, sendo a revelação de sua vontade, a transcrição de Seu caráter, deve permanecer para sempre, “como uma fiel testemunha no Céu.” Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til se mudou. Diz o salmista: ‘Para sempre, ó Senhor, a Tua palavra permanece no Céu.” São “fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre.” Salmos 119:89; 111:7, 8. {CS 105.3}

No próprio centro do decálogo está o quarto mandamento, conforme foi a princípio proclamado: “Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” Êxodo 20:8-11. {CS 106.1}
Cristo em Seu Santuário, p. 106.2
O Espírito de Deus tocou o coração dos que estudavam a Sua Palavra. Impressionava-os a convicção de que haviam ignorantemente transgredido este preceito, deixando de tomar em consideração o dia de repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a observância do primeiro dia da semana em lugar do dia que Deus havia santificado. Não puderam achar nas Escrituras prova alguma de que o quarto mandamento tivesse sido abolido, ou de que o sábado fora mudado; a bênção que a princípio aureolava o sétimo dia nunca fora removida. Sinceramente tinham estado a procurar conhecer e fazer a vontade de Deus; agora, como se vissem transgressores de Sua lei, encheu-se-lhes o coração de tristeza, e manifestaram lealdade para com Deus, santificando Seu sábado. {CS 106.2}

Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do Sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens procuravam 107fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele fechara. Mas “O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre”, tinha declarado: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.” Apocalipse 3:7, 8. Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar. {CS 106.3}
Cristo em Seu Santuário, p. 107.1
Os que aceitaram a luz relativa à mediação de Cristo e à perpetuidade da lei de Deus, acharam que estas eram as verdades apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse. As mensagens deste capítulo constituem uma tríplice advertência, que deve preparar os habitantes da Terra para a segunda vinda do Senhor. O anúncio: — “Vinda é a hora do Seu juízo” — aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a salvação dos homens. Anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador, e Ele volte à Terra para receber o Seu povo. A obra do juízo que começou em 1844, deve continuar até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até ao final do tempo de graça para a humanidade. A fim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo, a mensagem lhes ordena temer a Deus e dar-Lhe glória, “e adorar Aquele que fez o céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.” O resultado da aceitação destas mensagens é dado nestas palavras: “Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.” A fim de se prepararem para o juízo, é necessário que os homens guardem a lei de Deus. Esta lei será a norma de caráter no juízo. — O Grande Conflito, 432-435. {CS 107.1}
Cristo em Seu Santuário, p. 107.2
Os que receberam a luz concernente ao santuário e à imutabilidade da lei de Deus, encheram-se de alegria e admiração, ao verem a beleza e harmonia do conjunto de verdades que se lhes desvendaram ao entendimento. — O Grande Conflito, 453. {CS 107.2}