sábado, 29 de junho de 2024

O PRINCÍPIO DO EVANGELHO.


            O princípio do evangelho

Por que necessitamos de Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo e todos os escritores que deram testemunho sobre a vida e o ministério do Salvador? Por que um único discípulo não seria suficiente para escrever o relatório completo, oferecendo-nos assim uma relação organizada da vida terrestre de Cristo? Por que um dos escritores registra eventos que outro não menciona? Por que, se esses pontos são essenciais, não os mencionaram todos esses escritores? É porque a mente dos seres humanos difere. Nem todos compreendem as coisas exatamente da mesma forma. Certas verdades bíblicas impressionam muito mais a mente de alguns do que de outros.

O mesmo princípio se aplica aos oradores. Um se detém consideravelmente em pontos que outros passariam rapidamente ou nem mencionariam. Toda a verdade é apresentada mais claramente por vários do que por um só. Os evangelhos diferem, mas as narrativas de todos se combinam em completa harmonia (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 311).

A mãe de Marcos era convertida à religião cristã, e seu lar em Jerusalém era um abrigo para os discípulos. Ali eram sempre bem-vindos quando precisavam descansar. Foi durante uma dessas visitas dos apóstolos ao lar da mãe de Marcos que este se ofereceu para acompanhar Paulo e Barnabé em sua viagem missionária. Ele sentia a graça de Deus no coração e almejava se dedicar completamente à obra do ministério evangélico (Atos dos Apóstolos, p. 106).

Foi então que Marcos, dominado por temor e desânimo, hesitou por um momento em seu propósito de se consagrar de todo o coração à obra do Senhor. Pouco habituado a sacrifícios, ficou desanimado com os riscos e privações do caminho. Ele havia trabalhado com êxito sob circunstâncias favoráveis, mas agora, em meio à oposição e aos perigos que tantas vezes cercam o missionário pioneiro, não suportou as dificuldades como bom soldado da cruz. Devia aprender ainda a enfrentar valorosamente os perigos, as perseguições e as adversidades. À medida que os apóstolos avançavam, encontrando dificuldades cada vez maiores, Marcos se intimidava. Completamente desmotivado, não quis mais prosseguir, e acabou voltando a Jerusalém (Atos dos Apóstolos, p. 108).

A vida cristã é mais importante do que muitos creem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura e bondade. São essenciais essas virtudes; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo traçou para nós é estreito e exige abnegação. Para entrar nesse caminho, e passar pelas dificuldades e desânimos, requerem-se pessoas fortes. […]

Aqueles que desejam o sucesso [no serviço missionário] devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não apenas as virtudes passivas, mas as ativas. Respondendo com doçura, para afastar a ira, devem possuir a coragem de um herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, carecem de força de caráter para que sua influência exerça um poder positivo (A Ciência do Bom Viver, p. 319).
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