sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – O CONTRASTE ENTRE O BEM E O MAL. Parte 3.

"O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles.
É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! "Tudo isto", exclama a alma perdida, "eu poderia ter tido; mas preferi conservar estas coisas longe de mim. Oh! estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós.

Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida.

Satanás parece paralisado ao contemplar a glória e majestade de Cristo. Aquele que fora um querubim cobridor lembra-se donde caiu. Ele, um serafim resplandecente, "filho da alva" quão mudado, quão degradado! Isa. 14:12. Do conselho onde tantas honras recebera, está para sempre excluído. Vê que agora um outro se encontra perto do Pai, velando Sua glória. Viu ser colocada a coroa sobre a cabeça de Cristo por um anjo de elevada estatura e presença majestosa, e sabe que a exaltada posição deste anjo poderia ter sido sua.

A memória recorda o lar de sua inocência e pureza, a paz e contentamento que eram seus até haver condescendido em murmurar contra Deus e ter inveja de Cristo. Suas acusações, sua rebelião, seus enganos para ganhar a simpatia e apoio dos anjos, sua obstinada persistência em não fazer esforços a fim de reabilitar-se quando Deus lhe teria concedido o perdão - tudo se lhe apresenta ao vivo. Revê sua obra entre os homens e seus resultados - a inimizade do homem para com seu semelhante, a terrível destruição de vidas, o surgimento e queda de reinos, a ruína de tronos, a longa sucessão de tumultos, conflitos e revoluções. Recorda-se de seus constantes esforços para se opor à obra de Cristo, e para rebaixar cada vez mais o homem. Vê que suas tramas infernais foram impotentes para destruir os que depositaram confiança em Jesus. Olhando Satanás para o seu reino, o fruto de sua luta, vê apenas fracasso e ruína. Levara as multidões a crer que a cidade de Deus seria fácil presa; mas sabe que isto é falso. Reiteradas vezes, no transcurso do grande conflito, foi ele derrotado e obrigado a capitular. Conhece muito bem o poder e majestade do Eterno.

O objetivo do grande rebelde foi sempre justificar-se, e provar ser o governo divino responsável pela rebelião. A esse fim aplicou todo o poder de seu pujante intelecto. Trabalhou deliberada e sistematicamente, e com maravilhoso êxito, levando vastas multidões a aceitar seu modo de ver quanto ao grande conflito que há tanto tempo se vem desenvolvendo. Durante milhares de anos esse chefe conspirador tem apresentado a falsidade em lugar da verdade. Mas agora chegado é o tempo em que a rebelião deve ser finalmente derrotada, e descobertos a história e caráter de Satanás. Em seu último e grande esforço para destronar a Cristo, destruir Seu povo e tomar posse da cidade de Deus, o arquienganador foi completamente desmascarado. Os que a ele se uniram, vêem o fracasso completo de sua causa. Os seguidores de Cristo e os anjos leais contemplam a extensão total de suas armações contra o governo de Deus. É ele objeto de aversão universal.

Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A culpa que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença.

"Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de Ti, porque os Teus juízos são manifestos." Apoc. 15:4. Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Sal. 145:10. A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos." Apoc. 15:3."
O GRANDE CONFLITO, pág. 669 a 671.

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