quarta-feira, 1 de abril de 2015

A CEIFA E A VINDIMA

Mateus 13 -  24. Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo;
 25. mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
 26. Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio.
 27. Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?
 28. Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
 29. Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.
 30. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.
 36. Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
 37. E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;
 38. o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o o joio são os filhos do maligno;
 39. o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.
 40. Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo.
 41. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade,
 42. e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.
 43. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.

 Apocalipse 14 -  14. E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada.
 15. E outro anjo saiu do santuário, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, porque já a seara da terra está madura.
 16. Então aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi ceifada.
 17. Ainda outro anjo saiu do santuário que está no céu, o qual também tinha uma foice afiada.
 18. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras.
 19. E o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.
 20. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até os freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.


Até ao fim dos tempos, haverá joio no meio do trigo. Quando os servos do pai de família, no zelo pela sua honra, lhe pediram autorização para arrancar o joio, ele disse: “Não; para que, ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa”. Mateus 13:29, 30. – {CBVc 220.3}
Em Sua misericórdia e clemência, Deus suporta pacientemente os maus e até os hipócritas. Entre os apóstolos escolhidos de Cristo encontrava-se Judas, o traidor. Deverá, pois, ser causa de surpresa ou desânimo a existência de hipócritas entre os Seus obreiros de hoje? Se Ele, que penetrava nos corações, suportava quem bem sabia que O havia de trair, com que paciência não deveríamos nós suportar os que estão em falta! – {CBVc 220.4}
E nem todos, ainda dos que parecem mais culpados, são como Judas. Pedro, impetuoso, precipitado e cheio de confiança própria, aparentemente esteve em situação mais desvantajosa do que Judas. Foi mais vezes censurado pelo Salvador. Mas que vida de atividade e sacrifício foi a sua! Que testemunho deu do poder da graça de Deus! Tanto quanto pudermos, devemos ser para os outros o que Jesus era para Seus discípulos quando andava e falava com eles na Terra. – {CBVc 220.5}
Considerai-vos como missionários, antes de tudo, entre os vossos companheiros de trabalho. Requer-se por vezes muito tempo e canseiras para ganhar alguma alma para Cristo. E quando uma alma se afasta do pecado para a justiça, há alegria na presença dos anjos. Pensais que os espíritos angélicos que vigiam sobre estas almas estão satisfeitos ao ver com que indiferença elas são tratadas por alguns que pretendem ser cristãos? Se Jesus nos tratasse como muito freqüentemente nos tratamos uns aos outros, quem de nós poderia salvar-se? – {CBVc 220.6}
Lembrai-vos que não podeis ler os corações. Não sabeis os motivos que determinaram as ações que desaprovais. Há muitos que não receberam uma educação correta; seu caráter está deformado, duro e nodoso, e parece torto em todos os sentidos. Mas a graça de Cristo pode transformá-lo. Nunca os ponhais de lado, nunca lhes tireis a coragem ou a esperança, dizendo: “Você desiludiu-me e não me esforçarei por ajudá-lo.” Algumas palavras ditas precipitadamente sob o efeito de uma provocação — exatamente o que pensamos que eles merecem — podem partir as cordas da influência que teriam ligado seu coração ao nosso. – {CBVc 221.1}
A vida coerente, a paciência, a calma de espírito em face da provocação constitui sempre o argumento mais decisivo e o apelo mais solene. Se tivestes oportunidades e vantagens que não couberam em sorte aos outros, reconhecei esse privilégio, e sede sempre um mestre sábio, solícito e amável. – {CBVc 221.2}
A fim de obter na cera a impressão nítida e forte de um selo, não lho aplicais de uma maneira precipitada e violenta; colocais cuidadosamente o selo na cera mole, e lenta e firmemente fazeis sobre ele pressão, até que a cera tenha endurecido na forma desejada. Tratai da mesma forma com as almas humanas. A continuidade da influência cristã é o segredo de seu poder, e este depende da firmeza com que manifestais o caráter de Cristo. Ajudai os que erraram, contando as vossas experiências. Mostrai-lhes como, quando cometestes graves erros, a paciência, bondade e auxílio de vossos companheiros de trabalho vos deram coragem e esperança. – {CBVc 221.3}
Até ao Juízo, ignorareis a influência de uma conduta bondosa e prudente para com os incoerentes, desarrazoados e indignos. Quando deparamos com a ingratidão e traição daqueles em quem depositamos uma confiança sagrada, somos tentados a mostrar nosso ressentimento e indignação. É isso que o culpado espera e para que está preparado. Mas a bondosa paciência toma-o de surpresa, e muitas vezes desperta seus melhores impulsos, e faz-lhes nascer o desejo de uma vida mais nobre. – {CBVc 221.4}
“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”. Gálatas 6:1, 2. – {CBVc 221.5}
Todos os que professam ser filhos de Deus devem ter sempre em mente que, em suas atividades, são missionários colocados em contato com os mais variados tipos de pessoas. Há corteses e rudes, humildes e orgulhosas, religiosas e céticas, confiantes e desconfiadas, liberais e avarentas, puras e corruptas, instruídas e ignorantes, ricas e pobres. Essas diferentes pessoas não podem ser tratadas da mesma maneira; todas porém carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato, nosso espírito deveria tornar-se delicado e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana. É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que entram em contato conosco. – {CBVc 221.6} CIÊNCIA DO BOM VIVER.

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