Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha escura aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e brilhante, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo: o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda, uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus havia rejeitado se tornaram negros. Todos nós exclamamos então: “Quem poderá estar em pé? Estão as minhas vestes sem mancha?” Então os anjos cessaram de cantar, e houve algum tempo de terrível silêncio, quando Jesus falou: “Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta.” Com isso nos iluminou o rosto e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tornaram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra. – {CI 33.1}
Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos ao céu, e exclamou: “Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!” Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os cento e quarenta e quatro mil clamaram “Aleluia!”, quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares. – {CI 33.2}
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