sábado, 19 de março de 2016

A LEI DE DEUS RATIFICADA NA CRUZ

Satanás não pôde impedir o plano da salvação. Jesus foi crucificado e ressuscitou no terceiro dia. Mas Satanás disse a seus anjos que ele faria mesmo a crucifixão e ressurreição servirem a seus intuitos. Concordava com que aqueles que professavam fé em Jesus cressem que as leis que regulavam os sacrifícios e ofertas judaicos cessaram por ocasião da morte de Cristo, caso pudesse levá-los mais longe e fazê-los crer que a lei dos Dez Mandamentos também morrera com Cristo. – {PE 215.1}
Vi que muitos se deixaram facilmente levar por este ardil de Satanás. Todo o Céu moveu-se de indignação vendo a santa lei de Deus pisada a pés. Jesus e todo o exército celestial conheciam a natureza da lei de Deus; sabiam que Ele não a mudaria ou ab-rogaria. A desesperançada condição do homem depois da queda determinou a mais profunda tristeza no Céu, e levou Jesus a oferecer-Se para morrer pelos transgressores da santa lei de Deus. Mas, se aquela lei pudesse ser ab-rogada, o homem poderia ter sido salvo sem a morte de Jesus. Conseqüentemente sua morte não destruiu a lei de Seu Pai, mas engrandeceu-a, honrou-a, e encareceu a obediência a todos os seus santos preceitos. – {PE 215.2}
Houvesse a igreja permanecido pura e constante, Satanás não a poderia ter enganado e tê-la levado a espezinhar a lei de Deus. Neste ousado plano Satanás ataca diretamente o fundamento do governo de Deus, no Céu e na Terra. Sua rebelião determinou sua expulsão do Céu. Depois de rebelar-se desejou ele, a fim de salvar-se, que Deus mudasse Sua lei; mas foi declarado perante todo o exército celestial que a lei de Deus é inalterável. Satanás sabe que, se ele pode fazer outros violarem a lei de Deus, tê-los-á ganho para a sua causa; pois cada transgressor daquela lei deve morrer. – {PE 215.3}
Satanás se decidiu a ir ainda mais longe. Disse a seus anjos que alguns seriam tão zelosos da lei de Deus que não poderiam ser apanhados neste ardil; os Dez Mandamentos eram tão claros que muitos creriam que ainda vigoravam, e, portanto, deveria procurar corromper apenas um dos mandamentos. Levou então seus representantes a tentar a mudança do quarto mandamento, ou do sábado, alterando assim o único dos dez, que apresenta o verdadeiro Deus, o Criador dos Céus e da Terra. Satanás apresentou perante eles a gloriosa ressurreição de Jesus e lhe disse que, por haver Ele ressuscitado no primeiro dia da semana, mudara o sábado do sétimo para o primeiro dia da semana. – {PE 215.4}
Assim Satanás fez uso da ressurreição para servir a seus propósitos. Ele e seus anjos se regozijaram de que os erros que haviam preparado, fossem aceitos tão facilmente pelos professos amigos de Cristo. Aquilo que um olhava horrorizado, levado por um sentimento religioso, outro recebia. Deste modo diferentes erros foram recebidos e defendidos com zelo. A vontade de Deus, tão claramente revelada em Sua Palavra, ficou coberta de erros e tradições, que têm sido ensinados como sendo mandamentos de Deus. Posto que a este engano, que desafia aos Céus, seja permitido manter-se até o segundo aparecimento de Jesus, todavia durante todo este tempo de erro e engano não ficou Deus sem testemunhas. Por entre as trevas e perseguição da igreja tem sempre havido verdadeiras e fiéis criaturas que guardaram todos os mandamentos de Deus. – {PE 216.1}
Vi que a hoste angélica encheu-se de espanto, contemplando os sofrimentos e morte do Rei da glória. Mas não foi para eles maravilha que o Senhor da vida e glória, Aquele que enchera o Céu todo com alegria e esplendor, rompesse as cadeias da morte e saísse de Sua prisão, como um vencedor triunfante. Portanto, se algum destes dois acontecimentos devesse ser comemorado por um dia de descanso, deveria ser a crucifixão. Vi, porém, que nenhum destes acontecimentos se destinava a alterar ou ab-rogar a lei de Deus; pelo contrário, dão a mais forte prova de sua imutabilidade. – {PE 216.2}

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